Além de inconformada e apaixonada
sou uma pessoa nostálgica. Vivo num mundo paralelo, como em uma caixinha de
recordações. Acho que cada gesto, cada sorriso e cada palavra tem seu valor, e
este, é impagável.
Os fatos passados fazem parte de
quem somos e também de quem seremos. Não esqueço minhas origens nem meus
progenitores, que muito mais que meu pai e minha mãe, são as lágrimas que
derramei, os bilhetes que rasguei e os sorrisos que recebi.
Com a fotografia descobri uma
maneira de perpetuar o tempo, de imortalizar sorrisos e congelar o presente. Amigos
estarão para sempre juntos, um casal estará para sempre apaixonado, a beleza da
miss será eternamente estonteante.
Fotografar para uma revista é
poder dividir esses momentos perpétuos com milhares de pessoas, é poder
compartilhar essa nostalgia, é poder parar o mundo e mostrar a todos, é uma
criança que mostra à oura a preciosa borboleta que tem entre as mãos.
Fotografar para uma revista é
perpetuar o que importa e entrar na mente dos que me inconformam, tentando
assim, plantar uma sementinha de consciência, de beleza ou nostalgia, regada
juntamente com um pouco de informação e um pouco de mim.