terça-feira, 7 de janeiro de 2014

À procura de um destino

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Em algum momento da vida tentamos nos encontrar, muitas vezes indo para longe, algumas vezes pra não voltar. Eu estou neste "momento" há muito tempo. De tempos em tempos eu esqueço, de tempos em tempos eu acho que encontrei e de tempos em tempos o peito aperta e eu sinto de ir pra longe... 
Eu tinha planos, muitos deles. Abri mão, mas me contentei. Não procurei oportunidades pois sabia que não as agarraria e as deixaria voar junto com as outras que apareceram. Veio uma tempestade e eu resolvi ir embora, mas como sempre fiquei no chão, não sabia voar. Comecei a me preparar e enquanto tomava impulso pra lançar vôo, veio um dilúvio e eu resolvi ficar. Agora estou aqui, não sei por quanto tempo. Sinto que é por pouco. Minha alma quer que eu vague por aí, como uma cigana, mas minha mente sabe que eu devo ficar, ao menor por enquanto. 
Eu ainda não me encontrei totalmente, e tenho uma noção clara do que vou encontrar, mas eu preciso fazer o percurso. Não sei exatamente onde estou, não sei aonde vou procurar, só sei que estou por aí, vagando em algum lugar. Sentada num banco de cimento embaixo de uma árvore florida, olhando o pôr-do-sol, esperando eu me aproximar pra virar a cabeça em minha direção e dizer sorrindo: Oi. Eu tava aqui.

Free Poems - Poemas Grátis

" [...]

If I had kids, who were born from my womb,
I would do my best to light up their gloom.
Show that life is an eternal growth,
With ups and downs; 'Embrace them both!'

Give them advice, let them know,
That there is still a long way to go,
But hold on firmly to your beliefs
Forgive all children, women and thieves. [...]"

Isso é um trechinho de uma poesia que eu recebi hoje. Feita exclusivamente pra mim por um moço que eu não sei quem é nem do que gosta, mas que se chama Lucas.

Existe um site bem famoso lá fora, mas pouco popular aqui, chamado Craigslist. É um grande caderno de classificados. Tem versões do mundo inteiro, e em alguns países como no caso do Brasil, tem os regionais - SP, RJ... Eu adoro ler a parte "Conexões Não Encontradas". É onde as pessoas tentam encontrar alguém que viram na fila do cinema, com que conversaram na fila do banco ou com quem perderam contato há tempo. Tem umas histórias dignas de filme, e eu, que adoro histórias de pessoas, me divirto ao lê-las. 

No meio de anúncios de bicicletas e casamentos de conveniência (sim, tem isso lá também e se procurar com mais calma você encontra até uma sogra nova), eis que me deparo com um anúncio lindo. Alguém (que depois decobri ser o Lucas) anunciava poemas grátis. Você sugere um tema e ele escreve pra você. Pode ser em Inglês ou em Português. Eu respondi ao anúncio sugerindo um tema e recebi um e-mail que me comoveu. Como disse ao Lucas, não era exatamente o que eu esperava ler, mas era exatamente o que eu precisava ler. Foi um texto bem pessoal. Lucas não sabe o que se passa na minha vida, mas me escreveu palavras lindas que se encaixam perfeitamente na minha situação atual. Era tudo o que eu precisava ouvir/ler. 

Ao final do e-mail Lucas pediu para eu "espalhar a notícia" caso tivesse gostado. Então cá estou. No meio de anúncios dos mais diversos bens materiais e propostas de relações vazias, aparece Lucas pra oferecer cor. 
E eu desejo a ele um milhão de sorrisos e desejo ao mundo um milhão de Lucas.


Pra quem quiser, clica AQUI.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Feliz Ano Novo

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Feliz Ano Novo!!!

Que em 2014 tenhamos coragem e força de continuar e de tentar. Porque não adianta simplesmente esperar por um ano diferente se a gente não fizer nada. Na verdade não é o ano que tem que mudar, somos nós.

 Eu sempre faço algumas resoluções de ano novo, mas este ano não fiz minha listinha. Este ano eu só quero que seja diferente. Quero ser feliz, quero aprender, quero aproveitar e eu vou me ajustando conforme a música vai tocando. Eu sei que é meio genérico, mas tudo se resume a uma coisa: felicidade. 
Às vezes queremos muito uma coisa e nem nos importamos se é o melhor pra gente. Eu tenho aprendido a não nomear a felicidade. O que me faz feliz? Muitas coisas que eu sei e muitas coisas que eu ainda nem conheço. Por isso eu peço simplesmente FELICIDADE, sem dizer "quero isto... quero aquilo..." eu quero é ser feliz. Simples assim. 
Conforme as situações vão acontecendo e exigindo, eu vou me aprimorando. Meu intuito é chegar em dezembro com dois adjetivos: FELIZ e APERFEIÇOADA. Tá, é meio esquisito falar assim, mas é o que eu quero: ser uma pessoa muito melhor (do meu ponto de vista e comparada comigo mesma) e feliz. Lógico, tem alguns pontos que eu quero e preciso aperfeiçoar, como, por exemplo, ser mais espontânea, não me apegar tanto ao passado... mas são coisas que eu tenho que aprender pra vida, num geral, meio urgente, meio sem pressa, inevitáveis e dispensáveis. :p

Bom, sem mais blá, blá, blá, FELIZ ANO NOVO.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Burning House - O que realmente importa

# cantando "the roof is on fire" na minha cabeça #

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Você já parou pra pensar quais são as coisas mais importantes da sua vida? Tirando família, amigos, saúde, etc. quais são as coisas físicas que importam pra você? Se sua casa pegasse fogo (TOC, TOC, TOC bate na madeira), quais objetos você levaria consigo?

Tem um projeto antiguinho chamado The Burning House. A proposta é mostrar o que há de mais valioso pras pessoas. Coisas de valor monetário, coisas de valor sentimental. O que é indispensável para mim pode ser irrelevante pra você. Uma foto de alguém que já se foi, uma cópia da bíblia, seu disco favorito...

A ideia do projeto é bacana, mas acabou sendo o antecessor do Instagram, ou seja, um lugar pras pessoas publicarem fotos que mostrem as coisas legais que elas têm e como são hipster. Implicação minha? Além da foto a pessoa escreve uma lista com os itens "indispensáveis". Na lista não vai estar escrito "celular", vai aparecer "Iphone", não aparece "laptop", aparece "Airbook Mac".

Tá, eu sou a maior colecionadora de coisinhas com valor sentimental (cartas, dobraduras, flores, presentinhos), mas se minha casa estiver pegando fogo, a última coisas que eu vou pensar em salvar é um "bule de chá de Marrocos" (tem lá no site).

Minhas câmeras digitais, meu laptop (que eu uso pra trabalho e diversão), documentos, dinheiro, celulares e seus carregadores, algumas roupas (as de baixo, calça jeans, meias, camisetas e um casaco), tênnis e minha bolsa (que contém itens de higiene e maquiagem, dinheiro, cartões de banco, guarda-chuva, garrafa de água). Se coubesse algo mais na mala eu colocaria algumas roupas, sapatos e acessórios. Pronto. Esta é a minha lista. Sem garrafa de tequila, sapato de porpurina, perfume importado ou vasinho de bonsai.


Qual é a sua lista? Mas a de verdade, a que mostra o que é importante pra você e sem a qual você não consegue viver, não a que mostra pros outros que você é mais um hipster super cool.

domingo, 29 de setembro de 2013

Like List de Domingo


                            * música que dá vontade de dançar *

(fora da ordem de preferência)

* criar listas * o cheiro de chiclete do meu esmalte * ter dois dos meus desenhos na coleção nova de plaquinhas de carimbo * torta de frutas quentinha * goiabada com chantily * cozinhar algo que fique bom * rir da minha mãe implicando com a minha irmã (não é maldade porque ela ri também) * sonhar acordada * coisas coloridas * o trabalho com papel de Cat Mac Bride * fotos * chocolate (em todas as suas formas, de pudim à barrinhas) *  contos de fadas *

terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Only hate the road when you're missin' home"


Música do dia, pra cantar no meio dessa tarde fria e pensar na vida se for seu caso.

"Staring at the bottom of your glass
Hoping one day you'll make a dream last 
But dreams come slow and they go so fast 

(...)

Only know you've been high when you're feeling low
Only hate the road when you're missin' home
Only know you love her when you let her go"

E ouvindo essa música eu lembrei do passado e pensei em escrever um texto sobre vingança. Porque atire a primeira pedra quem nunca deu a volta por cima e quis mostrar pra todo mundo; quem nunca deu risada quando descobriu que @ ex vasculha sua vida virtual e não ficou com vontade de publicar nos mínimos detalhes tudo de bom quem tem acontecido desde que você se livrou daquele encosto (eu fiquei :p). Mas assim como eu resolvi não publicar uma carta de agradecimento público pelo finado ter saído da minha vida e ter dado lugar pra outra pessoa; assim como eu não contei pra quem puxou meu tapete meu mais novo local de trabalho, eu resolvi não escrever o texto que tinha em mente. Ao invés disso eu deixo essa música, que particularmente adoro, e a curiosidade. A minha vingança é ser feliz. Como? Quem sabe um dia eu posto. :p



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sonhadores não mudam

Há 10 anos eu concorria a uma vaga de fotógrafa em uma revista. Para tanto tinha que escrever um texto com 1400 caracteres com o tema “Quem Sou Eu e Porque Quero Fotografar Para Revistas”. Ontem a noite eu achei este texto sem querer, dentro de um envelope empoeirado junto com pedaços de um caminho que não me pertencem mais. Ao reler o texto entendi porque não consegui o emprego.

*** 
Sou uma jovem inconformada e apaixonada. Inconformada com a sociedade e com as pessoas que nela vivem. Com seus gostos mundanos, com seus valores fúteis e mentes fechadas. Inconformada com os pensamentos unilaterais de pessoas hipócritas que seguem tendências, porém, sou uma eterna apaixonada. Apaixonada pela arte, pela vida e pelas coisas simples do mundo. Pelo vento, por um sorriso de criança e pelo cheiro de livro antigo, usado, lido, que conta uma história e já entreteu alguém.

Além de inconformada e apaixonada sou uma pessoa nostálgica. Vivo num mundo paralelo, como em uma caixinha de recordações. Acho que cada gesto, cada sorriso e cada palavra tem seu valor, e este, é impagável.

Os fatos passados fazem parte de quem somos e também de quem seremos. Não esqueço minhas origens nem meus progenitores, que muito mais que meu pai e minha mãe, são as lágrimas que derramei, os bilhetes que rasguei e os sorrisos que recebi.

Com a fotografia descobri uma maneira de perpetuar o tempo, de imortalizar sorrisos e congelar o presente. Amigos estarão para sempre juntos, um casal estará para sempre apaixonado, a beleza da miss será eternamente estonteante.

Fotografar para uma revista é poder dividir esses momentos perpétuos com milhares de pessoas, é poder compartilhar essa nostalgia, é poder parar o mundo e mostrar a todos, é uma criança que mostra à oura a preciosa borboleta que tem entre as mãos.

Fotografar para uma revista é perpetuar o que importa e entrar na mente dos que me inconformam, tentando assim, plantar uma sementinha de consciência, de beleza ou nostalgia, regada juntamente com um pouco de informação e um pouco de mim.