domingo, 27 de fevereiro de 2011

Uma casa pequenina num canto do coração (ou, simplesmente, Saudade)

Já dizia Henrique Maximiliano Coelho Neto que “A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração.”

Muitas vezes, na correria do cotidiano, nem lembramos de certas coisas ou pessoas, mas é só ouvir uma música, sentir um perfume ou ler uma determinada palavra para o mundo parar por alguns segundos, o silêncio entoar e o peito apertar. No meu caso hoje foi uma foto. Recente, feita por alguém que provavelmente não conheço, em um lugar que eu nunca fui, mas que me cutucou. Eu vi um sorriso conhecido e o peito apertou, como há muito tempo não acontecia. Foi uma saudade boa, daquelas que doem, que fazem suspirar, mas também sorrir. Daquelas que depois que alfinetam te fazem pensar algo como “Que você seja muito feliz. Espero que esteja bem.”

Amigos, assim como amores, também se distanciam às vezes. Cada um tem um caminho a seguir, algumas vezes é próximo ao nosso, outras vezes não. Cada qual segue seu rumo e, infelizmente, temos que nos afastar. A amizade fica guardada dentro de uma redoma de cristal, e vez ou outra, a luz da memória teima em iluminá-la. É nesses momentos que dói e eu fico triste, nostálgica e pensativa. Feliz por que aconteceu, pois além do mais, como dizem por aí “ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio”.