terça-feira, 22 de dezembro de 2009

(sem) Resoluções de ano novo

Comprei um presente pra minha irmã e ele está aqui ao lado do computador. Todo dia o vejo, mas só agora que me dei conta: falta menos de uma semana pro Natal.
Quem me conhece sabe que eu detesto Natal, esta época de hipocrisia e consumismo desenfreado. Eu não sou religiosa, então não devo comemorar. Adoro dar presentes, mas prefiro dá-los sem uma data marcada, totalmente fora de época.
Pois bem, de qualquer forma, tenho que me render a algumas convenções sociais, uma delas é comprar presentes pros familiares (entende-se por familiares pai, mãe e irmã mais velha). Outra convenção que sou adepta, por vontade própria, é fazer balanço do que passou e planos para o futuro, metas a serem cumpridas até o próximo Natal. E foi que eu me dei conta, que até agora não fiz nada, e provavelmente não farei. Não embrulhei o presente da minha irmã, não fiz retrospectiva, não escrevi cartinha pro Papai Noel nem fiz planos pro ano que vem.
Não fiquei triste como eu sempre fico todo final de ano e isso é bem bacana. Esse ano termina com um saldo positivo, apesar dos probleminhas, eu até que me saí bem.
Pra não falar que não fiz resolução nenhuma, ontem a noite, conversando com minha amiga justamente sobre não fazer resolução (ela também não fez), fiz uma: arranjar um noivo bonito, mais alto do que eu, decidido e que tenha um irmão, um primo ou grande amigo com as mesmas características. Ah, e antes das 14:00 do dia 05 de janeiro.

Jingle Bells pra vocês. Depois eu mostro meus presentes.
ah, em tempo: tem aluno por aí que nunca mais vai plagiar trabalho (*risada de bruxa*)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Aviso aos estudantes - A vingança da sem férias

Pra quem não sabe, eu sou assistente de uma professora de uma grande universidade aqui de São Paulo. Uma de minhas tarefas é descobrir se as teses e os trabalhos apresentados são plagiados ou de autoria.
Pois bem, eu iria sair de férias ontem, mas aí a professora estava corrigindo uns trabalhos e pediu que eu verificasse um que estava muito bom. Fui verificar e não é que o trabalho inteiro era cópia de um outro que o tonto do aluno colocou como referência?
Resultado: segunda tenho que trabalhar. Vou passar a tarde toda checando os trabalhos que tem as maiores notas.
Minha amiga e fiél escudeira está viajando. Ela volta na segunda a noite e viaja de novo na terça de manhã. Só nos veremos novamente no ano que vem, então, marcamos que segunda a noite seria nosso natal, com troca de presentes e tudo. Eu queria deixar tudo pronto, pra hora que ela chegasse a gente só aproveitasse. Mas não vai dar...
Eu também tinha organizado minhas férias a partir de sexta. No sábado eu iria acordar a hora que Deus quisesse e ia tomar meu primeiro sorvete de férias, e tomaria sorvete todos os dias das minhas férias. Hoje é sábado mas eu não estou de férias...
Nem preciso dizer que vai haver consequências. Nem preciso dizer que vou fazer questão de procurar cada vírgula dos trabalhos. (*cara de ruim*)
Bom crianças, digo apenas uma coisa: plágio é crime e eu não gostei nem um pouco de perder o primeiro final de semana das minhas férias.
Beijitos e boa sorte pros alunos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Frostfree

E eu sumi... Por 3 anos eu me desintegrei e foi quase impossível me achar. Eu mesma não me achei...
Mas agora estou de volta. É meio estranho. É como se eu estivesse congelada por todo este tempo e agora eu fui descongelada e preciso me ajustar. A vida seguiu seu curso, e eu permaneci imóvel.
Alguns nem notaram, outros realmente sentiram minha falta. É legal saber que eu não fiquei totalmente esquecida como um nome de rua.
Eu tenho a sorte de saber que algumas amizades são para sempre, que existem algumas pessoas que gostam tanto de você que simplesmente não ligam por onde você andou ou por quanto tempo esteve fora. Elas ficam felizes pelo simples fato de você estar lá e os bons sentimentos continuam os mesmos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sobre livros e pés ou Pé de pato

Na última sexta-feira, após o expediente, saí para comprar um livro de presente para meu pai (De Cuba, com carinho; da blogueira Yoani Sánchez - é desesperador ler sobre a vida dos cubanos).
Estava perto da estante de lançamentos quando fui abordada por um homem, completamente freaky. Uma cara e uma gesticulação de lunático que só vendo pra crer. Ele me perguntou se eu já iria embora ou se ficaria na loja por mais tempo. Achei muito esquisito e perguntei porque. Ele disse que fotografava e era apaixonado por pés, e queria me pedir para fotografar os meus. Balancei a cabeça negativamente e disse Obrigada. Virei as costas e saí andando. Ele perguntou se eu era tímida e como viu que não dei bola, agradeceu também e saiu, meio sem graça.
Fiquei ainda um bom tempo passeando pela loja quando me deparei com o mesmo sujeito novamente. Desci as escadas e fui logo pro caixa. Era hora de ir embora.
Olhei para o lado da avenida no qual teria que seguir e estava tudo parado. Acho até que alguns carros estavam desligados. Resolvi ir a pé até onde faria a conexão com outro ônibus. Uma garoa fininha começou a cair. O ar estava incrivelmente quente e as gotinhas frias me agradaram. Olhei pra cima, sorri e fui andando calmamente, feliz da vida. As pessoas andavam apressadas, abriam seus guarda-chuvas e maldiziam minhas amigas gotinhas. De repente... CABUM!!! Vieram todas de uma vez. Não tive outra escolha, senão me abrigar para pegar meu guarda-chuva amarelo.
Pensei em ficar lá mais um tempo, mas já estava ficando tarde e pensei no trânsito que teria que enfrentar. E se alagasse algum ponto da cidade? Não dá mais pra brincar com chuva em São Paulo. Mudei meu destino para o ponto mais próximo e fui. O grande problema era o meu sapato. Estava usando uma sapatilha de plástico, na qual a água que entrava não tinha como sair, transformando meus calçados em pequenas piscinas brancas. Meu pé ficava flutuando e a cada passo minha sapatilha quase saía do pé.
Estava perto do meu destino, faltava cerca de 200m. Fui atravessar a rua e senti algo estranho. Olhei pra baixo e estava descalça. Olhei pra trás e vi minha sapatilha no meio da faixa de pedestres, reluzindo com a luz dos faróis. Daria uma bela foto, confesso. Minha sorte é que eu sempre espero o bonequinho verde para poder atravessar, então deu tempo de voltar e pegá-la. Eu acho que foi praga do lunático que queria fotografar meu pé. De qualquer forma, não tive dúvidas. Passei a tarde de Sábado comprando sapatos de tecido.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Like 'n Dislike (Parte I)

Estava conversando com o Pequeno Príncipe hoje sobre coisas que gostamos e não gostamos e resolvi recriar minha lista de coisas que gosto e não gosto.
Pra quem não tiver mais o que fazer e quiser me conhecer um pouco melhor, aqui vai:


GOSTO de:
* Ficar olhando fogo e fumaça
* Silêncio no museu
* Dia amanhecendo
* Pão com manteiga
* Casa velha
* Ficar dentro do mar até enjoar
* Receber sorrisos de desconhecidos por razão nenhuma no meio da rua
* Trens
* Olhar. Tudo, o tempo todo, e sem proferir palavra
* Matar saudade com um abraço apertado
* Acordar sem despertador
* Estudar
* Cantar
* Dançar
* Transmissão de pensamentos
* Ler livros interessantes em tardes chuvosas
* Ajudar pessoas que precisam
* Descansar!
* Usar taça até pra beber leite
* Beber tudo de canudinho

NÃO GOSTO de:
* violência e ladrões
* ser pressionada
* telefonemas de engano no meio da madrugada
* injustiças
* pessoa mal humorada e sem educação
* pessoas que usam muito perfume
* lixo no chão
* trânsito em São Paulo
* descaso
* sentir-me usada
* ver alguém que amo sofrer
* ver tanta gente morrendo por motivos bobos
* ser pressionada
* sentir os pés gelados
* esperar telefonemas que demoram
* sair mal em fotos
* ser acordada
* ser fuzilada com olhares
* cerveja
* ressaca

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

E se... (Parte II)

nanquim chinese ink



Eu sempre gostei de escrever. Fui uma garota de diários. Passei horas de minha infância/adolescência por entre canetas e papéis (a qualidade de meus textos não está sendo discutida).


Pois bem, quando eu cursava o terceiro colegial, não queria fazer faculdade de nada e prestei jornalismo apenas por conta das aulas de fotografia. Não estudei absolutamente nada e fui fazer as provas sem a menor vontade. Claro que não passei.


Mas e se eu tivesse estudado? Suponhamos que eu tivesse passado. Será que eu trabalharia em algum grande periódico? Ou estaria eu escrevendo obituários em algum informativo regional?


Como será que seria se fosse? :p

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Compensações (ou recompensas)

A vida é cheia de compensações e recompensas.
Eu conheci uma pessoa, que toda vez que recolhia um gatinho de rua ganhava uma coisa boa. Ou uma entrevista de emprego bem sucedida, ou uma assinatura de jornal prolongada gratuitamente...
Na minha vida também ocorre isso. No entanto, eu havia me esquecido que eu também ganhava algo.
Toda vez que eu termino um namoro, o moço em questão recebe uma compensação financeira. Não que eu lhe pague pensão, mas sua vida financeira e profissional começa a prosperar.
Não, eu não extorco meus namorados, muito pelo contrário. Já arranjei muitas brigas por não gostar que paguem coisas para mim.
É como se a vida dissesse: Hey! Não fique triste. Ela não está mais com você, mas olha, toma essa promoção pra ocupar sua cabeça e esse monte de dinheiro pra você comprar brinquedos que te deixem feliz.
Eu havia me esquecido que eu também ganhava algo bom do mundo. Antes de ontem, a melhor professora da faculdade, a que eu mais admiro, me chamou no meio da aula. Me disse que uma amiga sua, uma professora respeitadíssima de uma universidade de prestígio e autora de inúmeros livros, havia lhe escrito pedindo indicação de uma aluna para ser sua assistente. Minha professora disse que a 1a. pessoa que veio à sua mente fui eu. Entre tantos alunos que ela tem, ela pensou em mim. Fiquei super feliz, mas com um friozinho na barriga, pela responsabilidade de, de certa forma, representar minha professora.
(Enquanto escrevo, fico mais feliz, pois me ocorre que minha professora não indicaria qualquer um. Isso é um reconhecimento de minha capacidade intelectual)
Bom, ontem fui fazer a entrevista, e já fiquei por lá. =)
Só me resta agora agradecer aos céus e, desejar a VOCÊ, boa sorte no SEU novo emprego.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um dia daqueles... - ou Porque eu quero asas.

doves pigeons Hoje foi um daqueles dias...
Sabe quando por mais que o sol brilhe e as flores desabrochem, você só consegue ver cinza e raios? Pois bem, meu dia foi assim.
Faz um tempo já que eu sinto o estresse se instalando e hoje eu percebi que logo logo ele me joga pra escanteio e quem vai imperar é ele.
Hoje eu estava impaciente. Queria sair, andar, pegar a estrada e sentir o vento no rosto. Queria ir para a praia. Deitar na areia e por lá ficar até a maré subir e a água molhar os meus pés.
Queria ir para cidade, andar no meio da multidão, reparar nos detalhes urbanos, sentir que sou parte do mundo.
Hoje eu queria sair, me arrumar como há muito não faço, conversar com estranhos, fechar os olhos e dançar como se não houvesse amanhã.
Hoje eu queria ter asas, poder voar por sobre o mar, subir até as nuvens, atravessar um arco-íris.
Mas, principalmente, hoje eu queria que fosse só hoje...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS



Feliz Dia das Crianças pra todo mundo =)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eco Week


Oi oi. Como vão de chuva? :p
Chuva torrencial não combina com primavera, né?
Pois é. Por isso comecei hoje lá no outro blog a Eco Week. Uma semana inteira de posts ecológicos.
Quem quiser, dá uma passada por . Vou dar dicas de reciclagem e reutilização, produtos que não agridem o ambiente (nem seu bolso), forma adequada de descarte entre otras cositas más.
global warming

(A má notíca é que a calota polar está derretendo e vai ser quase impossível pegar focas. A boa notícia é que se nós continuarmos nos movendo para o Sul existem toneladas de animais gordos chamados "humanos" que não conseguem correr muito rápido.)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eco 4 Planet - buscador verde

(Vou repetir um post que publiquei no outro blog porque acho que vale a pena)




Olá gente querida =)
Minha nova descoberta é o Eco4planet, um buscador que utiliza o sistema do Google, mas que se compromete a plantar uma árvore a cada 50.000 pesquisas. As árvores são plantadas aqui no Brasil.

O site é todo preto, o que gera uma economia de até 20% de energia se comparado a uma tela branca. É possível também baixar wallpapers ecológicos e ler no blog posts relativos ao meio-ambiente.


Bom, atualizem seus navegadores. Não custa nada ajudar.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sonhos lusitanos

Estava eu lendo esta tarde quando meus olhos começaram a ter dificuldade para ficar abertos. A compreensão ficou prejudicada e tive que me render a Hipnos.
E com que foi que eu sonhei??? Com Os Lusíadas!!! Não lembro muito bem, mas tinha um barquinho e alguém declamando ao meu lado. Seria o próprio Camões?
Como ainda estou no canto I, sei que muitos sonhos me esperam. Adamastor ainda vai me acordar de madrugada :p
Bom, segue um trechinho do meu canto preferido desta que é a maior campanha publicitária de um país.

(Canto V)
37. Porém já cinco sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.

39. Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.

40. Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso,
Que um dos sete milagres foi do mundo.
Co'um tom de voz nos fala, horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo,
Arrepiam-se as carnes e o cabelo,
A mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Feliz Primavera


Eu sei que está chovendo, mas de qualquer forma...

FELIZ PRIMAVERA!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Burocracia (ou, Nem vem que eu não tô a fim)

Quinta-feira
-(...)Perfeito. Só que você precisa me trazer outro papel.
- Eu trouxe. Está tudo aqui.
- Ótimo (...) Faz o seguinte: traz amanhã e fala com a Fulana, já que é ela quem tem que assinar.
- Tá. Ela está aqui as 7:00 am?
- Sm. Ela chega a 7 da manhã. Se ela não estiver, fala com a Ciclana. Diz que falou comigo já. Qualquer coisa eu chego as 10.

Sexta-feira
6:45 - A Fulana ou a Ciclana já chegaram?
- Ainda não.

7:00 - A Ciclana já chegou?
- Ainda não.

7:05 -Oi Ciclana. Bom dia. Eu vim aqui ontem e falei com a Beltrana. Eu vim pra tal coisa. Ela disse pra falar com você ou com a Fulana.
- A Fulana tá chegando.
- Ela falou que podia falar com você também.
- A Fulana tá chegando. (vira e sai andando)

7:16 Ciclana: - Vem cá. Eu resolvo pra você.

***
Baseado, infelizmente, em fatos reais.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Novo acordo ortográfico


Ai ai...

Por mais que eu não queira, as novas regras estão aí.

Cliquem na tabela pra baixar o pdf.


Achei lá no G1

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Segredinho

Eu detesto o Twitter.
Coisa mais tonta esse tal de microblog.
Blah!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ao meu amigo Anônimo

Estou melhor, obrigada.
Tirei o gesso e ando sem problemas, só dói um pouco quando eu dobro o pé. Vou passar em outro médico.
E você? Espero que esteja bem.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Irmãos distantes BR-PT

Esta semana eu participe um pouquinho (depois digo o porque) de um seminário internacional de lingüística (sem trema).
Na sala em que eu estava palestraram 2 professores portugueses. Se eles são bons? Não sei, não entendi praticamente nada do que diziam... Meu Deus, esse povo não respira! Duas frases seguidas sem pausa. Eles não usam pontuação? Que pressa é essa que os faz não pronunciar as sílabas inteiras?
Brincadeiras a parte, aqui vai o fundo de verdade: a língua original é a mesma, no entanto, em 500 anos muita coisa mudou. Tanto cá quanto lá. Palavras distintas, grafias diferentes, e, pronúncia... bem, não preciso mais comentar.
Agora eu pergunto pra que reforma ortográfica? A desculpa do mercado editorial é a pior. De que adianta tirar acentos se as palavras são diferentes? Por exemplo, a palavra TRECHO. Em Portugal se diz TROÇO. SECRETÁRIA ELETRÔNICA é ATENDEDOR DE CHAMADAS. Adianta tirar acentos? Sem contar que Portugal ainda não adotou o novo acordo, e se eu não me engano, Cabo Verde também não. Será que não é mais fácil a gente voltar atrás?
Que fique registrada minha indignação com o novo acordo.

Bom final de semana.

Ah, ia me esquecendo. Eu só participei de um dia do seminário porque estou com o pé engessado. Quem quiser pode enviar chocolates e bichinhos de pelúcia. =)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tears of joy (ou, A música que eu não consigo cantar)

Existe um segredo de Estado que eu resolvi revelar pra vocês, amiguinhos do Nanquim. Há uma música que eu adoro, com uma letra singela e meiga, e, melodia empolgante, mas que eu não consigo cantar. Não que a letra seja difícil ou que eu não saiba inglês, mas simplesmente porque eu começo a chorar logo no primeiro refrão. E nem inventem de dizer que é coisa de mulherzinha, porque eu nem sou assim, só com essa música, e há muitos anos. Não posso dizer que fico triste, nem feliz, apenas choro, como se limpando a alma. Hoje assisti a um filme em cuja trilha sonora havia essa música. Nem preciso dizer o que aconteceu, né? O rímel se juntou com o lápis criando um look meio panda. Tava bem bonitinha.

Bom, pra quem estiver se perguntando, a música é Somewhere Over The Rainbow. Existem duas versões que exercem um maior poder desidratante: uma é a que junta com What A Wonderful World, e a outra é a da Connie Talbot.

Acho que todo mundo conhece, mas não custa deixar a letra aqui.

Bom, segredo revelado. Boa noite a todos e até o próximo "A Cris tem coração".

**

"Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dreamed of
Once in a lullaby ii ii iii
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dreamed of
Dreams really do come true ooh ooooh
Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me ee ee eeh
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops thats where you'll find me oh
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dream that you dare to,why, oh why can't I? i iiii

Well I see trees of green and
Red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world

Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of day
I like the dark and I think to myself
What a wonderful world

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I...I love you
I hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more
Than we'll know
And I think to myself
What a wonderful world (w)oohoorld

Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top that's where you'll find me
Oh, Somewhere over the rainbow way up high
And the dream that you dare to, why, oh why can't I? I hiii ?"

quarta-feira, 22 de julho de 2009

E se...

Ontem de manhã eu liguei a TV e me deparei com a bela Brook Shields na abertura de sua nova série. De repente, lembrei de um fato há muito esquecido. Quando eu tinha uns 4 anos fui convidada por uma grande produtora para fazer um comercial televisivo. Eu fiquei super empolgada, mas meu pai não me deixou participar, disse que TV estraga criança, que criança não tem que trabalhar, etc e etc.
Pois bem, ontem fiquei pensando: e se eu tivesse participado daquele comercial? Será que seria o início de uma carreira televisiva? Muitos atores e apresentadores iniciaram suas carreiras em comerciais. Poderia eu ter tido fama e fortuna? Particularmente eu dispenso a fama, mas o dinheiro até que cairia bem.
Como será que seria se fosse?
Bom fim de semana pra vocês.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Memórias de um estágio

Hoje de manhã eu estava organizando uns documentos do meu estágio, e fiz uma retrospectiva dos meses em que acompanhei os alunos.
Estagiar me fez ficar revoltada, inconformada e feliz.
Feliz porque tem alunos muito bacaninhas e ouvir "-Professoooora! Me ajuda aqui!" e poder ajudar, é muito legal. Ouvir no final da aula: "-Nossa! Como a aula passou rápido. Nem deu pra perceber, né professora?", é impagável.
Inconformada com alunos de 17 anos semi analfabetos e que passam de ano por causa dessa porcaria de progressão continuada.
Revoltada com os alunos que não se interessam, não respeitam o professor e ainda reclamam da instituição, e, revoltada também com professores que dizem pro aluno, por exemplo, "Não tenho paciência com criança!" Muda de profissão, então. O que uma pessoa dessas faz em uma sala de aula?
Inconformismos a parte, eu ri muito durante os últimos meses. Vi que algumas coisas nunca mudam, como por exemplo, quando os alunos fazem algo errado e inventam uma história totalmente criativa e sem nexo para provar que estão certos. Um exemplo disso foi o de um aluno que escreveu TelefUnica e teimou que o nome da cia telefônica também poderia ser escrito assim. E falava com indignação "Mas professora, a senhora nunca viu escrito Telefunica no orelhão?". Na semana seguinte ele resolveu admitir que era com O. Disse que a letra O fora escrita "meio aberta", então parecia um U. Detalhe: o trabalho foi entregue digitado.
Estagiar me fez pensar que estou ficando velha, me fez pensar na falta de educação dos jovens, me fez pensar que, apesar dos picaretas, ainda existem professores mavilhosos, e que talvez, um dia, quem sabe, eu queira ser professora. Mas que nem a minha supervisora no colégio. :p

Boa sexta.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

DIY - brincando de costureira

Esta semana eu esqueci minha necessaire na casa do meu namorado. Como ele mora longe, praticamente em outro estado [:P], eu vou ficar sem minhas coisinhas até segunda ordem. Mas o que é uma bolsa feminina sem uma necessaire senão um monte de tecido desalmado? Então lá fui eu brincar de costureira. Confesso que as fotos ficaram mais legais que o produto final. Tava mais bonito quando era apenas um monte de tecido e meia dúzia de alfinete.

Pelo menos cabe bastante coisa (até uma outra necessaire que eu acabei comprando).

=)

DIY Sew make up bag

terça-feira, 2 de junho de 2009

A missa do meio dia (ou da igreja que não mudou nada)

E eu fui na igreja. Estava triste, preocupada, com tempo sobrando e necessidade de ir a um lugar calmo. Nada melhor que uma igreja.
Entrei, peguei um formulário sobre as paróquias de São Paulo, e, escolhi para sentar o lugar mais legal de todos, iluminado pela luz colorida que passava pelos vitrais. Era uma imagem bem celestial, um raio de luz que incidia sobre um único lugar da igreja. A poeira suspensa no ar nublava a visão e aumentava o ar etéreo...
Pois bem, eu sentei no lugar mais especial da igreja e preenchi o formulário, nisso apareceu uma mocinha, perguntou se eu ficaria pra missa, e, com a resposta afirmativa, me deu um jornalzinho com as orações do dia (deve ter um nome pra isso, mas eu não faço a menor idéia).
Comecei a reparar nos detalhes: os belos e antigos lustres (que eu adoro), as paredes bem altas, os coloridos vitrais, as imensas colunas, os desenhos gigantes... tudo pra fazer a gente se sentir pequenininho.
Desde o início da Igreja Católica as igrejas são construídas de forma a fazerem as pessoas se sentirem deslumbradas e inferiores. Tudo é muito belo, com muito ouro e detalhes, dando a impressão que assim é o mundo de Deus, o qual devemos almejar. Mas também, tudo é muito grande e há muitas imagens, para dar a impressão de que somos ínfimos e estamos sendo vigiados. "Ei coisa pequena aí em baixo! Nós superiores do mundo dourado estamos vigiando você. Não peque, pois não há como se esconder."
Fiquei reparando em cada detalhe, em cada imagem de gesso, em cada estrela de espelho, em cada pincelada de ouro. Nem me lembro o que o padre falou, só me lembro da acústica. O padre falava baixinho e o som reverberava como uma voz onipresente, a verdadeira voz de Deus. Depois, um moço sorridente tocou violão enquanto uma moça de meia idade com cara de poucos amigos cantava a música do jornalzinho (que eu ainda descubro o nome). Sete cordas e uma voz que parecia um canto gregoriano de cem pessoas. Era muito belo, de fato.
Cada pedacinho da igreja ajuda a compor uma aura celestial, bela e intimidante. Ir àquela igreja foi ver concretamente a imagem que se formou na minha mente durante as aulas de História e Literatura.
O que eu tiro disso? Que assim como eu respondi no questionário, a Igreja não se modernizou.
Se eu gostei da missa? Mais ou menos. Me revoltei quando uma moça passou com um saquinho para recolher dinheiro e fez cara feia quando eu disse que não tinha. Não gostei também da história de ter que ficar levantando as mão e fazendo movimentos carismáticos. Definitivamente não é pra mim.
Se eu volto lá? Claro. Adoro o badalar dos sinos e os lustres são realmente muito bonitos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Iniciando no meio do caminho

Trilha sonora: Joanna Newson - Peach Plum Pear

E em meio a mais uma crise existencial eu crio um blog.
O propósito? Aliviar tensões, passar o tempo, levar a alma pra passear e a mente pra divagar, descobrir uma função pro ser, me descobrir, não enlouquecer.
Vontade de escrever eu tenho, mas sem ter onde publicar eu sempre desistia.
Não espero ser popular, não acho que terei mil visitas, mas um dia alguém vai ler isso, nem que seja eu mesma, e vou então sorrir e dizer: Um dia eu fui assim...
A vida é muito curta, o tempo é muito rápido, e se não for registrado, tudo se perde, até mesmo da memória. Um dia eu vou sumir e espero, sinceramente, que em um outro dia alguém me ache, descubra meus registros e saiba que eu existi. Que esse alguém veja meu passado, sorria, e diga: Um dia eu também fui assim...